sábado, novembro 04, 2006

Meu mundo inteiro se desfez
Das paisagens, as cores escorriam
E todos eles, um por vez
Um a um meus sonhos morriam

Eu parei de seguir meu destino
O destino que cedo ou tarde irá chegar
Agora eu cresci, não sou menino
Nem sou mais tolo de acreditar

sexta-feira, novembro 03, 2006

Justo

Quando meu primeiro amor
Teve que se tornar
Uma sombra do meu passado
Eu abdiquei do coração
Eu corei e menti
Meu peito eu fechei
E de um mundo, eu fugi

Eu tive um segundo amor
Que foi de medo e coragem
De e odio e perdão
Quando dele eu fui salvo
Por um ano eu morri
Abdiquei do passado
Levantei e sorri

Sem certeza e sem vida
Amei outra vez
Sem certeza e sem vida ela era
Mas uma grande amizade sem fez
Sem trilha eu fiquei, sem teto tambem
E então, das pessoas, eu abdiquei

Uma semente então se plantou
E meu peito se fez luz outra vez
Uma luz estranha de amor
Que se quer pude ver para crer
Mas essa luz enfim se apagou
Não era nada que eu pudesse fazer

A semente então se fez flor
Porque eu quis deixa-la crescer
Eu ainda tinha esperança no amor
Mas a esperança se fez padecer
As esperanças me eram palavras
Como sempre então duvidei
E se eles eram tão pobres e fracos
Dos meu sonhos eu abdiquei

É só uma vida, é só um mundo
São só pessoas, só palavras
Sem motivos e sem importancias
Reergui minha alma
Porque era um amor
E porque era um amor
Quando tudo foi abaixo
Abdiquei das palavras
Obscuras e baixas
Desisti então
De tentar

Talvez as coisas sejam assim

Às vezes a gente sonha
Às vezes a gente ama
Às vezes, quando a gente acorda
A gente cai da cama

Às vezes a gente corta o dedo
E às vezes nunca mais volta
Às vezes a gente gasta muito
E a caba estourando a conta

Talvez as coisas sejam assim
Um beijo pra você, e um tapa pra mim
Talvez as coisas sejam assim
Talvez você não saiba o que diz
Quando me diz sim

Conselho

Fui seguindo o que achava direito
Sem nenhuma luz no coração
Com um espaço vazio no meu peito
Agora livre de qualquer emoção

Ignorei de vez minha carencia
Me esquivei de toda e qualquer luz
Enterrei viva a consiencia
Demarquei o lugar com minha cruz

Meus olhos hoje emanam frieza
E o meu corpo já não sente mais dor
A minha face não encontra tristeza
E minha boca não distingue sabor

Caminhar não me faz diferença
O meu passo contrasta com o verde da grama
O sol não me faz diferença
Não me queima, não arde e não chama

Amor te muda
Chega o destino
Sempre alheio
Como cobra, e como zomba

A essa altura
Eu sou menino
Que seguiu um conselho
E foi pela sombra

Sua alma não tem musica,
Sua musica não tem palavras

Palavras são sentimentos,
E na sua musica eu não sinto nada.

Artigo

O Marte: o planeta, o vermelho, o deus da guerra
Amar-te: um espelho, a silhueta que me prende a terra

O Mar é: um horizonte, infinito... pra guardar, relembrar e esquecer
A Maré: brincadeira da lua, que cresce e te leva sem perceber

Navegar: O mar
Se perder: Amar

A solidão me abandonou

A solidão me abandonou
Quando eu mais precisei
Se eu voltar ao meu caminho
Posso procurar sozinho
Tudo o que eu não encontrei

Aquela chuva então parou
Eu me rendi e me sequei
Eu vi um passarinho
Calado deixou seu ninho
A seu exemplo eu não cantei

Aquela noite clareou
Tentei andar, não consegui
O sol no céu não se escondeu
Nenhum arcanjo apareceu
Por isso eu não me perdi

Idealizado

Comigo é sempre assim
Eu chego em casa e apago a luz
Aí me vem a inspiração
Nem da vida nem do amor
Minha luz vem da escuridão
O breu não é tão vasto
Quanto um fundo infinito
É bem mais aconchegante
Assustador
E mais bonito
O coração dispara, a escuridão me acolhe
A presença do infinito me completa
Feche os olhos
Não demore,
Também não deixe a porta aberta
O silencio não tem fim
E eu imagino o seu olhar
Você estão tão preto de mim
Posso te ver e te tocar
Aqui no meu mundo perfeito
Não há medo ou ilusão
Você pensa estar voando
E na verdade está no chão
Entre jogos e sorrisos
Você tem que confiar
Como ninguém está te olhando
Você pode até voar
Um recanto fugitivo
Da preguiça de vocês
Onde tudo é permitido
Até que façam novas leis
De onde eu volto relaxado
Volto firme e sonhador
Do meu mundo idealizado
Com carinho
E com amor

Nada mudou

Antes de você chegar
Minha vida era muito vazia
Eu nunca amava, meu olho chorava
E meu coração batia

Um mundo cinza e agridoce
Como a melancolia
Meu grito calado, era tudo gelado
E eu nunca seguia

Você chegou
E a luz da sala acendeu
Como um anjo que ri, quando eu te vi
Meu coração forte bateu

Eu me enchi de esperanças
Refiz o acabado
Eu estava contente, te esbocei um presente
E segui do teu lado

Mas nós nos machucamos
Num aprendizado inconseqüente
Bloqueei as estradas, finji não ser nada
E segui então em frente

Agora que você foi embora
Queria que soubesse que foi tudo verdade
Pretendo mesmo ir embora, meu olho já não chora
Mas meu coração ainda bate

Um poema sobre poemas
Sobre a falta de ação de um menino morto

Um rio cheio de problemas
Tentando comparar um coração e um porto

Soneto

Escrevo enquanto espero
Espero porque fui furtado
Furtado de verdade por ocasião da mentir
Escrevo porque fui descuidado

Ele ia guardado
Até meados de abril
Então se fez meu fado
Meu tesouro sumiu

E agora, que ei de fazer
Esperar
E meu tesouro, nunca mais o terei

Vou ter que viver
E vou ter que andar
Consciente que fiz e sabendo que errei

Bem, mal
Amor, paixão
Forte, fraco
Alegria, solidão

Seu bem, meu mal
Meu amor, tua paixão
Chegou muito forte
No fraco do meu coração

Treva, luz
Um brilho na escuridão
Que pinta de alegria
A minha solidão

É tanta pessoa
Que repudia o passado
É como um grito cansado
Que na mente ressoa

É tanta gente
Que espera o futuro
E se depara com um muro
Sem presente

E é tanto tempo pro que a gente era

É tanta dor e é tanta saudade...