sexta-feira, junho 24, 2005

Alegria

Alegria!
Deixei minha poesia.
Morta.
Para trás, atras
Do vão da porta.


Sim, temos, alegria
Minha casa está vazia
Morta.
Espera.
Exporta.


Sabemos. Tua cria...
Madrugada fria
Amor, alegria,
E a cidade
Vazia.


Quero uma cova.
Alcova
Alcoól
Uva


Enterra
Em terra
O sentido...
Sentado...
Sortido...
Surtado...


Vida, alegria
Tristeza
Agonia
Calçado, cansado...
Calçada vazia...


Sento
No banco
Suco
De pranto
Seco
De canto
Surdo
De espanto


As noites escuras
Os dias são frios
A frase está morta
Matou e não viu


Um fardo pesado
A rosa dos ventos
Palavras ao vento
Calor do momento


Espero
Espalho...
Esperto...


Parado
Pensando
Pedindo
Sonhando...
Sentindo
Soltando
Sorrindo....

Cabeça quente
Mãos frias
Abraços quentes
Cortesias


Chuva... lama... luva...
E eu lia

No alto da torre, na praça central
Diante da verdade nua
Espero sua volta, que volte ao normal
A volta da palavra sua.....

Está morta, lá, atrás da porta
Na alegria
E na casa que eu deixei vazia
No asfalto em que a deixei, morria
No choro que eu me encontrei, sorria


Vem alegria.
Volta vazia.
Sinto agonia
E um pouco de frio


Volta poesia
Me trás energia
Enche de alegria
O meu corpo vazio.

Um comentário:

Anônimo disse...

hum... não sei o que isso significa... não sei o que ta acontecendo com você... mas a poesia é bonita... não sei o que você está deixando pra trás... mas espero que te sobre a alegria... deixe pra trás o que te entristeçe, porque as suas lágrimas farão mal à quem te ama, a quem você ama