terça-feira, dezembro 28, 2004

Hoje

Hoje,
Não escreverei poema de amor,
Porque não sou amado,
Nem um poema de paixão,
Não estou apaixonado,
E nem poemas de revolta!
Não estou revoltado...

Hoje,

Não eu não farei poemas de dor...
Eu não fui açoitado,
Não farei poemas de sonho...
Porque estou bem acordado,
Nem mostrarei os de solidão,
Não quero ser mais um coitado.
E poemas confusos...
Só quando atordoado.

Quem sabe um poema distante?

Mas...eu não estou deslocado,
Talvez umas frases curtas,
Mas não estou atrasado
Um poema longo, de três páginas...
Não... estou muito cansado

O dia passa, como só mais um

E não farei poema algum
O porque será logo explicado.

Poema não farei nenhum

Porque não tenho motivo algum
Para estar inspirado...

segunda-feira, dezembro 27, 2004

Sem Nome

Sei, que já vou tarde
Mas o dever me chama
Penso já não ser mais necessário aqui, Já que tudo são flores.
Ah... flores do mal!
Que com seus espinhos me esperam em minha cama
Para açoitar-me enquanto ei de pungir meu coração em desgraças
Que se alastram por meu peito em forma de lágrimas
Que umedecem minha alma
E a de ninguém mais
Oh sim!
Eu vou, já que o véu de insensatez cobre teu rosto
E disfarças para o teu próprio martírio
O que sabes que não saberia saber
Durmo agora para poder sentir o gosto
De Ter nas mãos tal belo Lírio
Que só nos meus sonhos eu posso ter

quarta-feira, dezembro 22, 2004

Perfil

Sou Babélico
Faço Acrósticos
Faço Versos
Hipnóticos

Sou Poeta
Abstrato
Niilista,
E Ingrato

Faço versos
Muitas Musicas
Com Mistérios
E outras Duvidas

Eu sou Mau!
Crio a Ilusão!
E a Felicidade...
E a Solidão...

Azarado
Mal-Humorado
Eloquente
Duvidoso

Chato
Carrancudo
Cético
E Mentiroso

terça-feira, dezembro 21, 2004

Eu quero

Eu queria Ter o que fazer
Eu queria Ter pra onde ir...
Eu queria Ter onde me esconder
Eu queria Ter pra onde fugir...

Eu queria Ter apenas uma musica,
Mais do que isso,
Eu queria Ter a musica certa

Eu... queria Ter um coração!
E queria que ele batesse pelo menos uma vez...
Mais do que isso...
Eu queria que ele não batesse em vão

Eu queria Ter... uma vida feliz!
E queria Ter alguém pra dividir a felicidade
Eu queria não Ter tido todo esse tempo
Que me fez ignorar a amizade

Eu queria passear na liberdade.
Queria um presente de verdade,
Queria Ter bastante sinceridade...
Queria poder dizer a verdade...

Eu queria não Ter mais tempo de escrever...
Não queria que parasse de chover
Eu queria nunca mais chorar...
Mas o que eu queria mesmo é poder te ver

É tudo como alguém um dia disse...
É verdade, sim, e eu não nego
Talvez não seja disso que eu precise...
Mas é isso, tudo que eu quero...

segunda-feira, dezembro 20, 2004

Juan, o Dom do Amor

Eu amo
Tu Amas
Ela não me ama

Pensa Juan deitado em sua cama
Em seu quarto quente
Seu suor ardente
Seu amor pendente
Não o deixa esquecer

O calor abafa seu lamento
Pobre lamento
O lamento do tempo
Que passa sem levar sua dor

Juan lamenta as palavras não ditas
Palavras tão bonitas
Bem dentro de sua mente
Juan não lamenta pelo que realmente sente
Juan dorme, Juan acorda
Juan dorme e acorda novamente
Sem que nenhum sentimento
Venha tirar do seu peito
Aquele velho lamento...

Juan sabe
Juan vê
Juan sente...

Eu amo
Tu amas
E ela?
Ela me ama?

Outra Vida

Razão,
As vezes acho que te perdi
Fração,
As vezes tudo que recebi
O nunca, o
Sempre
Enganam
Mentem
Partem
Resistem...
Esquecer
É uma forma,
Um caminho
Mas transforma sua vida,
Tua alma,
Em espinho.
Mundos
Plantados
Outrora,
Mundos,
Unidos e
Insatisfeitos que
Trocam, orações,
Ora carências
Cartas
Uivos
Reticências...
Tudo coberto em rosas, de
Outras cartas, transparências
Pare, pense...
Onde vou parar?
Respirar?
Instruir?
Salve
Sua vida,
Outra vida
Te espera
E espera, e espera...
Abra os olhos
Mais uma vez
Agora perceba...
Reconhece?
Este é teu canto,
Isso é você...olhe
Para todos,
Outros corpos, que
Rodeiam
Tua vida
Em um deles, que é apenas
Mais um
Percebe seu olhar?
Outro jeito de te ver...
Sustenta algo diferente...
Um rosto familiar...
Fim,
Inicio
Corpos
Inconstantes...
Está lá,
Numa noite
Terna,
Eterna...
Porque ele continua?
Acho que olha pra mim, e
Resiste
Acompanha...
Que tolice! que seria?
Uma alma? mas tão...
Estranha...
Seja ela!
Esteja lá!
Jogue seu jogo de
Amar
E um dia
Talvez você
Encontre,
Reconheça,
Numa alma
Outra vida

Rapidinhas

"Escreva alguma coisa
Escrevi
E o fruto de tanto esforço
Tá aqui!"

"Cheguei, sai, ninguém percebeu...
Com eu, sem eu...
O dia amanheceu"

Jogo da Fenix

Há muitos anos vivo neste mundo
E muitas palavras já passaram em minha vida
Dei sentido a muitas delas
Muitas outras foram perdidas
E com tantas palavras eu só aprendi
Que vivemos num mundo de palavras repetidas

E esse sofrimento, acho que nem condiz com minha idade
-Sou uma pessoa que não mente-
Não é sofrimento demais
É apenas o suficiente

Meu coração mais parece a Fênix
Não só pelo fogo
Mas pela capacidade de se reerguer
E eu só aprendi a jogar o meu jogo...
É incrivel como na vida eu só consiga perder...

Tantos amores passados
E esse meu coração novo
Não consegue aprender
Que pra cada vida, cada morte
Tem que se ter um nascer

E em toda a "genialidade"
Ponho a simplicidade
Pronta para se ver

Que o simples valor é poder
O simples prazer é viver
E o simples amor é você

Egotron

Porque não mais tantas palavras?
Porque não mais será perdido
O tempo da noite, fria e clara
Com as palavras, pálidos pedidos...

Tenho um dom que me dá visão?
Ficarei com ele para todos os efeitos
Dom que deveria me destacar na multidão
Me saiu o mais claro dos defeitos...

A pedidos caminhando, escrevendo...
Está frio e chovendo
Neste longo caminho, que sigo olhando
E não vendo

Disfarço sozinho
Não engano ninguém
Um único pensamento
Que por tempos se mantém

Estou confuso e só agora acordando pra viver
-Poesia deveria ser algo pro mundo ver-
Segue abaixo o lamento
De que só sabe escrever:

"Isso não é poesia
É o que sei fazer...
A minha voz atrofia
E eu só sei morrer

Todo sentimento que nasce
Tenho que ver apodrecer
Preferia ter que me amasse...
E não saber escrever..."

SHIMN

Você não pode vê-lo
Sequer ouvi-lo
Mas lhe apresento alguém que fala demais

Pouco do mundo
Pouco da vida
E muito do que se desfaz

Poesia resumida em falar de engano
E em formas distintas
De dizer "eu te amo"

Coisas de quem assiste a vida passar de camarote
Num patamar inacessível...
Toda a sabedoria e a dor
De um Super Hiper Mega Ninja...
Invisível...

Sol sem Céu

Um poema bonitinho?
Posso até tentar!
Faço agora rapidinho,
Um poema miúdinho,
Olha como vai ficar:

Um dia eu vi o Sol...
Um dia provei o mel...
Um dia numa colina
Vi passar a minha vida
Na minha frente, no meu céu

No dia que lhe dei o Sol...
Nesse dia que te dei o mel...
Eu voei de uma colina
Como nunca na minha vida
Sem escalas para o céu

Nesse dia que toquei o Sol...
Nesse dia que se foi o mel...
Nesse dia, na colina
Dava até a minha vida
Pra não ter chegado ao céu

Num dia que nasceu sem Sol...
No dia que se acabou o mel...
Num dia, numa colina
Numa tarde, numa vida
Vi que tudo se acabava no meu mundo, no meu céu

Isso é o que se formou
Da caneta e do papel
Fiz "aquela" coisa fina
Usando sempre a mesma rima
Como os livros de cordel

Mais um

Quando tudo terminou
Nem avia começado
E mais um dia se passou
Com você no meu passado

Você me fez acreditar
Na razão, no ceticismo
Na mentira da emoção
Na altura desse abismo

E que culpa você teve?
Se eu cai foi por mim mesmo
E você olha e não se atreve
A estender a mão à um corpo ileso

"Corpo são, mente sã"
Ah se fosse mesmo assim...
Cada noite, cada manhã
Não trariam só mais um dia pra mim...

Queria tanto lhe falar
Mas está sempre ocupada...
Por favor, marque-me um horário...

Porque não sou sua prioridade
Serei só Mais Um na verdade...
Até que me provem o contrário...

Recordas quae sera tamen (Rec.)

Como todas as lembranças
Cabem num unico instante?
Num objeto quebrado
Impuro e insignificante?

Nele estão gravados
Os beijos e os abraços
Todas as tentativas
As vitórias e fracassos

Com a distância e o silêncio
Aprendi uma lição
"Não é com muito esforço
Que se destrói uma emoção

E ela segue rastejando
Mesmo que seja em vão
Porque a ciência que se faz na mente
Não se faz no coração..."

Num instante, num deslumbro
Pode-se ganhar a vida
Pode-se perder o mundo

Numa frase atrevida
Num passado, num futuro
Poderia me achar na vida...
Poderia me perder no escuro...

Medalha que carrega mágoas
E por que não felicidades?
Pra sempre será lembrada
Na loucura da eternidade...

O que eu fiz

Eu tentei
Eu errei
Eu falei
Eu calei...
Eu sofri
Eu morri
Eu menti
Eu dormi...
Eu sonhei
Acordei
Eu andei
E esperei...
Eu olhei
Eu chorei
Eu sequei
Eu sorri...
Eu cantei
Eu beijei
Eu parei
E pensei...

Que eu calei...
Que eu sofri...
Que eu chorei...
Que eu menti...
Que eu amei...

Tempo de ódio (Co-op)

Odeio você
Por um dia ter me feito acreditar que só queria o meu bem
Odeio você
Por ser tão inesquecível
Te odeio
Por um dia ter me dito que me ama
Te odeio
Por um dia ter me feito acreditar que o amor existe...

Não te odeio por ter ido embora
Te odeio por ter dito que queria ficar

A noite, a Lua e as estrelas iluminam meu quarto
E a chuva esconde as lágrimas que caem sobre o travesseiro
Não choro por amor, nem pela separação
Minhas lágrimas são de ódio
O ódio que me consome

Não quero ver seu rosto
Não quero ouvir sua voz
Não quero segurar sua mão
Nem quero você ao meu lado
Mas nenhum dos meus desejos se realizam...
Não o fizeram quando você era tudo que eu queria
Não vejo porque se realizariam agora

Tento esconder, e me cubro com um manto
Dizendo que pra mim tanto faz
E quer saber porque eu te odeio tanto?
É porque um dia, te amei demais...

Sono

Triste como só eu
E ela só com sono
Um erro como qualquer outro
E ela só com sono
Sozinho como a minha vida
E ela só com sono
Pensando, escrevendo, morrendo...
E ela só com sono...
Espero ansioso até tudo isso acabar
E sinto falta do que ainda não tenho
E quer saber o que se passa
A cada dia que me escondo?
Digo que eu só queria...
Que eu só queria estar com sono...

Eu Lírico

Eu, que não sou eu
Espero que você, que não é você
Se importe um pouco comigo, que não sou eu

E você, que não você
Pense mais em mim, que não sou eu
Pois penso muito em você, que não é você

Eu, que não sou eu
Quero que junto de você, que não é você
Sejamos nós, que não sou eu, nem é você

Mas nós, que não somos nós
Somos apenas eu, que não sou eu
Separado de você, que não é você

Mas tudo bem... já que eu, que não sou eu
"Nem gosto" muito de você, que não é você
E também você, que não é você
Não gosta muito de mim, que não sou eu

Então nós, que não somos nós
Nunca seremos eu, que não sou eu
E você, que não é você

E você, que não é você
Continua com sua vida, que também não é sua
E o sonho de nos, que não somos nós
Fica apenas comigo, que quem dera não fosse eu...

A Carta - #2

Muito me adimira, e feliz eu ficaria
Se louvável fosse sua ação
Mas chego a ficar sem nexo, enquanto admiro perplexo
Sua pouca encenação
Como pode a amizade, sem culpa nem piedade
Gerar tão sólida ilusão?
Se me quer bem longe fala, se me quer por perto berra
Com insólida decizão
E se eu volto não se espanta, se é teu olhar que encanta
E me guia na escuridão
Mas nada disso se encaixa, se quando a poeira baixa
Tudo isso... foi em vão
Então sabemos a verdade, que não serei sua exclusividade
Enquanto faltar com sua obrigação
De ser somente minha, enquanto isso está sozinha
Pensando na contramão

A Carta - #1

Olá
Desculpe estar tomando seu tempo, mas tenho que lhe falar de algo que é muito importante pra mim...
Você
Que já passou muito tempo desde que te conheci
E algo foi crescendo aqui dentro, e eu não vi
Agora, já não tem como deixar de perceber
Esse não sei o que, que nasce não sei onde, vem não sei como e dói, não sei porque
Quiz te contar, não consegui.
Pensei em parar, mas não! eu escrevi.
Outro poema? Algo belo de se ver?
E tirei do coração a inspiração para escrever
Algo simples, como o mundo que abitamos
Simples como a vida, que sem querem nós complicamos
Vi que simples átomos formam tudo que conhecemos
Que uma simples emoção pode fazer com que choremos
Notei, que uma simples rosa enfeita
O mais belo e simples buquê
E com um simples pensamento
Descubro
Que eu simplesmente
Amo você

Nomes

Vira e mexe estou à esmo
Pronunciando algum nome
Ou escrevendo no caderno o de alguem
Mas nunca vi pensarem em mim enquanto dormem...
Nem meu nome
No caderno de ninguém

Sentinela (Hoshõ)

Estático, Calado
Aguardo aqueles que não me esperam
Admiro os que não me vêem
Cada palavra não dita
É uma alma que se vai
Quanto mais espero
Mais longe fico
Não quero deixar meu posto
Só quero acabar com isso

Simplicidade

O mundo é simples
Nós que o complicamos
Simplicidade é a chave
Que abre as portas que perdemos
Um simples átomo forma tudo que conhecemos
Uma simples emoção pode fazer com que choremos
Uma simples rosa enfeita
O mais simples buquê
E com um simples pensamento eu descubro
Que eu simplismente
Amo Você