quinta-feira, setembro 29, 2005

Questões perdidas (Papai)

Hoje eu choro mas por quê?
Por que eu não posso simplesmente gritar?
Por que eu não posso simplesmente amar?
Amar e me acalmar...

Por que o mundo,em alguns dias é tão triste?
Onde está a confiança?
Será que foi embora com a tolerância?
Perdi elas desde que eu era criança

Porque seus amigos te traem?
Se não é neles que deveriamos confiar?
Não são eles que deveriam te amar?
Não á eles que deveriamos perdoar?
Mas perdoar pra que, se eles irão novamente te maltratar

Nossa unica saida é chorar?
Escrever poemas?
Deveria tentar os dois?
Faço isso para me acalmar o mais rapido possivel,
Pois quero me acalmar agora e não depois

Todas as pessoas tem segredos
Algumas contam outras escondem
Eu divido os meus com os meus amigos
Afinal não posso trata-los como inimigos.
agora como ultima questão...

Ou sou eu o errado?

domingo, setembro 18, 2005

Tantas mil coisas

Eu posso dormir mil vezes na mesma cama
Posso acordar mil vezes no mesmo lugar
Posso sonhar mil vezes com a mesma pessoa
E posso lembrar mil vezes de um brilho no olhar

Eu posso falar mil vezes a mesma coisa
Posso contar mil vezes o mesmo segredo
Posso ouvir mil vezes a mesma música
Brincar mil vezes com o mesmo brinquedo

Posso ir mil vezes para um mesmo lugar
Posso chorar mil vezes o mesmo pesar
Posso passar mil dias te esperando
Sentado mil anos no mesmo lugar

Eu posso percorer mil vezes o mesmo caminho
Posso te perder mil vezes no mesmo lugar
E eu poderia falar mil coisas
Se mil vezes eu pudesse te encontar

Mil versos... mil lágrimas
Mil sorrisos e felicidades
Mil alegrias
De mais de mil vontades

Eu posso me tornar mil coisas
Reconhecer mil vezes o mesmo pecado
Cometer mil vezes o mesmo erro
Só pra ter você do meu lado

quarta-feira, setembro 14, 2005

Detalhe

Detalhes tão pequenos de nós dois
Por eles nós deixamos pra depois
Evitando sentir algo ruim
Estamos nos olhando no jardim
Esperando o dia acabar...
Estamos com medo de nos abraçar...
Olhar dentro do nosso coração
E descobrir algo repleto de razão
Cair na verdade da paixão...
Como um dia que passa, e outro não...
Não vejo nuvem cobrindo o céu
Só vejo o medo que nos cobre com seu véu
Evitando pegar o maçarico
Que acenderia o fogo que vai queimar o circo
Fugindo desse assunto delicado
Tentando esquecer do teu recado
Que disse-me "você é meu engano"
Querendo me dizer só "eu te amo

domingo, setembro 11, 2005

Sem título (Marcos)

Após o nascer do sol
Após o pôr do sol
Procure por mim
Estarei lá

A cada respiração
A cada suspiro
Procure por mim
Estarei lá

Quando as sombrar descerem
O breu envolver a ti
E a tua resolução

Acenda a luz
Procure por mim
Estarei lá

Ouvindo o vento

Estou sentado, sozinho, ouvindo o vento
Me dizendo algo que eu não entendo
Talvez o vento queira me dizer
Que existe alguém perto de mim
Do meu lado
Eu viro e olho a grama
O vento se cala
Não me engana

Talvez o vento queira me dizer
Que existe alguém por entre as árvores
Escutando o meu pesar
Eu procuro por entre elas
E só vejo a grama a me esperar

Talvez o vento queira me dizer
Que existe alguém pensando em mim
Por tras do morro, pulando o rio
Mas eu olho pra lá
E só vejo as árvores do lugar

Alguém nas nuvens, que cuida de mim
Talvez seja isso que o vento quer me dizer
Alguém nas nuvens, atras do morro
Que não me deixa ver
Talvez o vento queira me mostrar o céu
Que está atras das nuvens
Ou as estrelas Além do céu
Ou algo que está além de mim
Perto ou longe do tão sonhado fim

As vezes ele só quer cantar
As vezes não é nada disso que ele quer falar
Nada mais que "Menino, é bom se acostumar"
Acho que agora eu entendo "Menino, é bom se acostumar!
A sentar aí,
E ficar sozinho,
Ouvindo o vento

sábado, setembro 03, 2005

Pedaços de rosa, flores marcadas de solidão
Cartas sem nome, poemas que mostram a ilusão
De estar aqui,
nadando contra a corrente
De mostrar que eu,
adoro a idéia de um dia, quem sabe, por sorte, ou acaso, eu possa tentar estar
Com você

Convites errados, bilhetes guardados por precaução
Cabelos molhados, dentes cerrados, e agitação
Esperar o fim,
ainda estando no inicio
Espera-la sim
Sentado na rua do tempo, num dia chuvoso, e o sol entre as nuvens buscando um espaço
Que custa a surgir

Não importa se é presente ou passado
Não importa quanto tempo já foi gasto
Não importa o quanto errados nós estamos
Não importa se nós rimos ou choramos

Não importa se o dia nasce escuro
Não importa se não vemos o futuro
Se a vida vai me dar mais um engano

"Blá.. Blá.. Blá..." e eu te amo