quinta-feira, junho 21, 2007

Arpoador

Nas areias do Arpoador
escrevi seu nome, a sonhar.

Mas as águas que o levaram
nunca irão me perdoar.


Tivesse eu escrito na pedra

e o nosso amor poderia durar...


Deixei nas areias a minha letra.
Seu nome, meu nome, e um coração.
Mas veio uma onda, sem pressa

E levou nós dois para a escuridão.


Tivesse eu escrito na pedra

e o nosso amor poderia durar...


As areias ficaram vazias

sinto o frio da minha solidão.

Queria só que o mar me engolisse

sem esperança ou recordação.


Tivesse eu escrito na pedra

e o nosso amor poderia durar...


Pelas areias o vento sopra

as ondas não param de quebrar.

Sinto que querem me dar um conselho

mas eu não o quero aceitar.


Tivesse eu escrito na pedra

e o nosso amor poderia durar...

Nas areias desenhei seu nome
mas o mar o fez se apagar.

Escuto o que o vento me diz:

vai passar, vai passar...


Tivesse eu escrito na pedra.


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