segunda-feira, dezembro 20, 2004

A Carta - #2

Muito me adimira, e feliz eu ficaria
Se louvável fosse sua ação
Mas chego a ficar sem nexo, enquanto admiro perplexo
Sua pouca encenação
Como pode a amizade, sem culpa nem piedade
Gerar tão sólida ilusão?
Se me quer bem longe fala, se me quer por perto berra
Com insólida decizão
E se eu volto não se espanta, se é teu olhar que encanta
E me guia na escuridão
Mas nada disso se encaixa, se quando a poeira baixa
Tudo isso... foi em vão
Então sabemos a verdade, que não serei sua exclusividade
Enquanto faltar com sua obrigação
De ser somente minha, enquanto isso está sozinha
Pensando na contramão

Nenhum comentário: